Piloto de aviação, empresário, banqueiro, e outras profissões de “luxo”, tudo títulos usados com alguma frequência por Sérgio Silva e testemunhados por alguns dos seus amigos. Mas diga-se, em abono da verdade, que Sérgio, ou “Serginho” como é vulgarmente tratado por quem com ele convive de mais perto, nunca pareceu ter capacidade para convencer ninguém da realidade do que dizia ser.
Limitado no verbo mas exuberante nos gestos de forma a ser notado, todos perceberam sempre que ou se tratava de um brincalhão ou de alguém com uma estranha mas cómica mania das grandezas.
Um amigo que com ele privou em férias no Brasil é de opinião que “o Serginho é inofensivo. Mentiroso compulsivo, se calhar, mas mentindo de tal forma que nem uma criança enganaria.
Quando nos conhecemos, na esplanada de um hotel, intitulou-se piloto da Air Itália. Mas fê-lo de tal modo que imediatamente notei que mentia. E assim, apenas para me divertir, tentei que me falasse da profissão, da arte de voar.
Brotou então da sua boca um montão de disparates que fizeram com que todos, mesmo nas mesas à volta, nos ríssemos, incluindo o Serginho que, sem dúvida, viu que não enganou ninguém.
Passados uns dois ou três dias, com as mesmas pessoas presentes, já falava como se fosse banqueiro, “tratando por tu” os mais famosos nomes da banca lusa. Para azar dele, estava presente um senhor que era director de zona de uma conhecida instituição de crédito e que, sorrindo de forma inequívoca, forçou a Sérgio a falar do sector, bem como dos sonantes nomes com quem dizia ombrear em reuniões e negócios.
Escusado será dizer que aquilo foi o início de mais uma noite de gargalhadas, face ao despautério que Serginho debitava, com histórias que tinham como denominador comum a fantasia. Chegou ao cúmulo, ao ver que nos ríamos a bandeiras despregadas, de simular uma conversa telefónica com um dos mais conhecidos dos nossos banqueiros. Escusado será dizer que foi o clímax e que de engraçado Serginho chegou ao burlesco. E cenas destas foram-se repetindo durante aqueles dias. As férias valeram sobretudo por ele, Sérgio Silva. Era um consolo ouvi-lo falar de negócios, off-shores, aviões e linhas aéreas, transacções e contratos de milhões em que ele participara ou conhecia por dentro. Definitivamente Sérgio vivia em constante delírio. E não se zangava por lhe dizermos, à gargalhada, que era mentiroso e até pouco imaginativo. Apenas cómico e inofensivo.
Já em Portugal continuei a ver o Serginho. Negociava em automóveis – disso sim, tinha aspecto – e a vida corria-lhe ora bem, ora mal. Mesmo assim, sabedor que conhecia agora a sua realidade, muitas vezes ele não resistia e lá inventava mundos de negócios e profissões de prestígio onde ele era estrela e viveria como um nababo. Era numa outra dimensão mas Serginho, indubitavelmente, também vivia lá. Estava sempre com um pé lá, outro cá”.
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Sem dinheiro nenhum
Com reconhecida actividade na venda de automóveis usados, Sérgio Silva viveria em constante aflição pois “o negócio anda mau há muito tempo”. Por isso haverá aqui e ali alguns cheques seus sem cobertura.
O proprietário de um stand do Porto confiou-nos ter sido “levado” por Sérgio que lhe terá pago uns carros com cheques que se revelariam sem provisão. Terá então mandado um “gorila” proceder à cobrança. Sérgio terá então acordado pagar aos “bochechos”, coisa que ia cumprindo. Até que há dias, pouco antes do mirabolante negócio do Boavista, e quando o tal “grandalhão” foi receber mais uma prestação, Sérgio não tinha nem um chavo. Terá dado em pagamento, ao que apurámos, o próprio relógio e um telemóvel.
Dias depois aparecia a “injectar” no Boavista os tais 38, 5 milhões!
Feitos de fumo, como se viria a revelar.
Ao que apurámos, de fonte credível, durante o interrogatório a que foi submetido na PJ, Sérgio Silva terá contado que no Boavista havia quem soubesse que ele não tinha dinheiro nenhum, pelo menos naquela altura. E que até se terá prestado a adiantar-lhe 17 mil euros para abrir uma off shore.
O inquérito ainda vai no início mas a Policia Judiciária estará muito pouco convencida que Sérgio Silva tenha tido capacidade e discernimento para inventar e fazer tudo sozinho.
Enviado via e-mail pelo óscar
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Sem dinheiro nenhum
Com reconhecida actividade na venda de automóveis usados, Sérgio Silva viveria em constante aflição pois “o negócio anda mau há muito tempo”. Por isso haverá aqui e ali alguns cheques seus sem cobertura.
O proprietário de um stand do Porto confiou-nos ter sido “levado” por Sérgio que lhe terá pago uns carros com cheques que se revelariam sem provisão. Terá então mandado um “gorila” proceder à cobrança. Sérgio terá então acordado pagar aos “bochechos”, coisa que ia cumprindo. Até que há dias, pouco antes do mirabolante negócio do Boavista, e quando o tal “grandalhão” foi receber mais uma prestação, Sérgio não tinha nem um chavo. Terá dado em pagamento, ao que apurámos, o próprio relógio e um telemóvel.
Dias depois aparecia a “injectar” no Boavista os tais 38, 5 milhões!
Feitos de fumo, como se viria a revelar.
Ao que apurámos, de fonte credível, durante o interrogatório a que foi submetido na PJ, Sérgio Silva terá contado que no Boavista havia quem soubesse que ele não tinha dinheiro nenhum, pelo menos naquela altura. E que até se terá prestado a adiantar-lhe 17 mil euros para abrir uma off shore.
O inquérito ainda vai no início mas a Policia Judiciária estará muito pouco convencida que Sérgio Silva tenha tido capacidade e discernimento para inventar e fazer tudo sozinho.
Enviado via e-mail pelo óscar
Um comentário:
este vigario ainda se da ao luxo de ir para o brasil.Entao nao estava proibido de sair do pais?
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