A dimensão moral da economia faz tomar como finalidades indivisíveis, nunca separadas e alternativas, a eficiência económica e a promoção de um desenvolvimento solidário da humanidade. A moral constitutiva da vida económica não é nem opositiva, nem neutra: inspira-se na justiça e na solidariedade, constitui um factor de eficiência social da própria economia. É um dever desempenhar de modo eficiente a actividade de produção dos bens, pois de contrário desperdiçam-se recursos; mas não é aceitável um crescimento económico obtido em detrimento dos seres humanos, de povos inteiros e de grupos sociais, condenados à indigência e à exclusão. A expansão da riqueza, visível na disponibilidade dos bens e dos serviços, e a exigência moral de uma difusão equitativa destes últimos devem estimular o homem e a sociedade toda a praticar a virtude essencial da solidariedade694, para combater, no espírito da justiça e da caridade, onde quer que se revele a sua presença, as «estruturas de pecado»695 que geram e mantêm pobreza, subdesenvolvimento e degradação. Tais estruturas são edificadas e consolidadas por muitos actos concretos de egoísmo humano. (Compêndio da Doutrina Social da Igreja, clique para ler)
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