segunda-feira, 22 de outubro de 2007

as virgens ofendidas.


Nada escrevi sobre a entrevista do Procurador-geral da Republica ao jornal “Sol” porque o Procurador apenas se limitou a confirmar aquilo que já os advogados e alguns juízes constataram. Deixem-me que lhes refira apenas dois nomes: - entre os advogados o meu colega Dr. António Marinho e Pinto e entre os juízes a Dra. Amália Morgado ( ex- Juiz do TIC do Porto). Apenas esperei pelas reacções para confirmar o que previa.

Agora quais virgens ofendidas o M. Publico os tais, “… condes, viscondes e marqueses” coadjuvados pela PJ, vem exigir a demissão do Procurador. (via DN Online)

Mas porque raio é que esses mesmos (“… condes, viscondes e marqueses”) nada fizeram ou exigiram quando a Dra. Amália Morgado afirmou: "Ainda me lembro da grande polémica que levantei porque me apareceu um processo para eu validar uma transcrição de escutas telefónicas. Eu perguntei onde estão as cassetes para eu ouvir e responderam-me: "as cassetes? Estão na Policia Judiciária, nunca vêm ao tribunal!" Mas como é que valido uma transcrição de escutas, sem ouvir a gravação? Isto foi na altura, perturbadora e levantou grande polémica. Contudo, eu, ao não aceitar esta prática, era severamente criticada e eu sofria grandes pressões.
Se pedissem satisfações a Dra. Amália Morgado dá-las-ia, o que era mau para a PJ e mau para o M.P
Estamos num país onde, mesmo para o Ministério Público, o mais fácil é pedir a demissão porque demissão é sinónimo de arquivamento.